Analisando a diferença entre o cérebro da mulher e do homem, a Neurociência afirma que a mulher possui mais massa cinzenta e que os neurotransmissores agem de maneira muito mais rápida que nos homens. Nesse aspecto, percebemos que a mulher consegue responder as sinapses de maneira mais eficaz, evitando cometer erros por engano, por exemplo:
Segundo a polícia, não há relatos de que uma mulher policial atirou por engano em uma pessoa inocente por estar sob pressão em uma ocorrência.
Porque dificilmente a mulher se engana, ela consegue perceber rapidamente o que acontece ao seu redor, tendo maior facilidade de percepção e intuição, entendimento rápido e perspicaz.
O homem, por outro lado, compensa em força e agilidade física, ganhando mais poder mediante a sociedade, é legítimo desde os primórdios, a necessidade que possuem em demonstrar estar acima da mulher, para garantir o respeito. Muitas vezes por sentir-se menosprezado, pela inteligência feminina se sente oprimido, usando a postura, o poder e a força.
Analisando prováveis contextos, o motivo que pode levar um homem a ser tornar agressivo, em geral, é o sentimento de inferioridade perante o sexo oposto.
Há também a tese de que, se um homem sofrer com relacionamento abusivo, ser agredido por uma mulher na infância, sofrer abuso ou maus tratos, ter uma relação difícil com a mãe, ter sido traído ou abandonado pela esposa, sofrido com rejeições de mulheres ou até mesmo ter sua sexualidade mal resolvida, por exemplo, há grandes chances dele se tornar Misógino.
A misoginia é o ódio à mulher, muitos crimes são cometidos por homens que projetam em outras mulheres, agressões cometidas pela mãe ou ex-companheiras.
Paradoxo do Gozo
Existe uma máxima, de que, se uma mulher aceita agressões sem denunciar, ela gosta de apanhar. Muitas alegam sentirem medo, medo de morrer, medo de terem seus filhos tirados dela ou mortos e ameaças à familiares. Essa é uma boa justificativa. Mas, o que poderia haver por trás de uma mente que, repetidamente, se coloca sujeita à maus tratos?
Da problemática no âmbito mental
Quando uma mulher, ainda que sofra uma violência grave, continua dando “chances” para o marido, ela provavelmente está enganando a si mesma de que ele vai mudar.
Para Freud, a polaridade da Pulsão de Vida X Pulsão de Morte explicaria o porque de procurarmos coisas que não nos fazem bem. É humano que mesmo que, mesmo algo que nos faça mal, nos cause desejo. É ilógico e irracional, mas é compreensível a partir do Conceito do Desejo, nele acredita-se que somos regidos se em parte por algo que busca pela vida, em parte por algo que quer nos ferir. É a luta interna de todo ser humano, do bem contra o mal. Segundo esse conceito você pode amar e odiar a mesma pessoa. Tudo que repele, também atrai. É mesmo um paradoxo.
Para Lacan, dentro do inconsciente haveria um mais além do princípio do prazer, existe no gozo, um desprazer, que mesmo sendo ruim, satisfaz. Esse seria o Paradoxo do Gozo.
Da problemática no âmbito social
A religião Cristã que tem mais adeptos na sociedade do Brasil, também prega que não se deve desfazer uma família, a não ser pela morte. Essa também é uma vertente problemática, pois faz com que as mulheres aceitem traições, violência e maus tratos em nome de Deus. Não obstante, existe ainda o preconceito social contra a mulher separada, como se ela fosse menos digna de respeito por não ter mais o marido do lado, sempre a culpando pela separação.
A mente do agressor
Estudos confirmam que no cérebro do agressor, existem diferenças físicas reais, tais como:
• Alterações no Lóbulo Frontal, região responsável pelo discernimento, arrependimento e pelas emoções.
• Alterações na Amídala localizada no Sistema Límbico.
• Giro Cíngulo, que funciona como um freio inibitório, é desativada, ou seja eles não possuem a parte que nos freia de cometer atrocidades.
Isso explicaria suas ações. Observou-se também que suas mentes são semelhantes aos psicopatas, em estudos que mostram que o cérebro comum reage de uma forma estranha à palavras como violência, tragédia, abuso, terror, no agressor o cérebro não reage, ou seja, os sentimentos desses sujeitos não é afetado.
Danos causados a vítima
Existem danos irreversíveis tanto emocionais, quanto comportamentais. Acredita-se que haja uma certa atrofia nos mecanismos cerebrais, quanto maior o tempo da vítima sob exposição de abuso.
São sequelas comuns às vítimas de relacionamentos abusivos:
• Perda de Memória Recente;
• Depressão;
• Insônia;
• Transtornos Alimentares.
Impunidade e Erros Judiciais
A Sociologia atual propõe tratar o agressor como doente, retirando a culpa e apesar das provas, são julgados não como criminosos, de forma injusta. O que internaliza a culpa na vítima. O direito a ampla defesa subjuga a vítima. O apoio à vítima deve ser integral, desde o boletim de ocorrência até o julgamento e sentença do agressor com acompanhamento psicológico em todo o processo, oferecido gratuitamente pelo governo. Não a toa hoje, existem as Delegacias da Mulher, especializadas em atender esses crimes com atenção e carinho total à vítima, pois muitas vezes, acredita-se que somente uma mulher entende a dor de outra mulher.
Busca pela cura
Existem Transtornos com sintomas muito semelhantes, o Narcisista pode ser confundido com o Boderline, muito semelhante ao Bipolar e ao Histriônico. Por serem tidas como “Doenças da Moda” muito citadas na internet, por celebridades, podem causar, se não bem analisado, erros diagnósticos, que dificultam a cura. Um agressor pode, alegar doença mental como justificativa, geralmente é isso o que ocorre, como esquizofrenia ou que estaria em depressão por ter perdido o emprego e ter acabado agredindo a esposa, sabemos que, psicologicamente, uma mente em grande stress pode perder o controle. Mas, ainda que se queira tratar um agressor como doente, não se deve esquecer que eles devem pagar por seus crimes.
CONCLUSÃO
Uma sugestão para diminuir significativamente o número de casos, seria a criação Banco de Dados Nacional de Agressores Reincidentes, apenas casos com Lesão Corporal comprovada, para evitar enganos, assim a mulher poderia consultar esses dados em âmbito nacional para saber se, de repente, a pessoa já teria cometido agressões em outros estados, por exemplo. Antes de relacionar-se com um novo companheiro/a seria possível pesquisar os antecedentes, pois muitas vezes não há Boletins de Ocorrência de todas as agressões. Isso evitaria e muito, novas vítimas.
É necessário também alertar às vítimas de que, existem as Escalas de Violência, começam com um grito, depois um empurrão, um tapa, um soco, uma surra é o caminho até o homicídio. No Inconsciente do agressor é como se ele fosse se acostumando a agredir, vai gostando da sensação de poder, talvez, de estar subjugando o outro e buscando alargar a escala, se desafiando e desafiando a vítima. É necessário cortar esse Ciclo Vicioso inicialmente, afastando-se o mais rápido possível, sem retomada da relação enquanto ainda há maneiras de se manter o respeito.
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